“Não vamos abrir mão de um centímetro da nossa terra”, afirma Zelensky
O presidente da Ucrânia revela que os ataques russos continuam “ferozes”, principalmente na região de Donetsk, agradecendo aos “heróis” que estão na linha da frente de combate à invasão russa.
Opresidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez a habitual atualização do ponto de situação da guerra na rede social Telegram, referindo que continuam a haver ataques intensos contra a Ucrânia.
“A situação é difícil em toda a frente. As batalhas posicionais ferozes continuam e está especialmente difícil na região de Donetsk. Os ocupantes estão a sofrer enormes perdas, mas a sua ordem é a mesma – chegar à fronteira administrativa da região de Donetsk. Não vamos abrir mão de um centímetro da nossa terra“, afirma na publicação.
No que diz respeito a esta região, o líder ucraniano refere que o seu exército está a agir de acordo com os “planos do inimigo”.
“Cuidadosamente, ponderadamente e no interesse de libertar todo o nosso território, estamos a reforçar as nossas posições, a arruinar a logística russa e a destruir consistentemente o potencial dos ocupantes de manter a ocupação do sul do nosso país”, destaca.
Por fim, Zelensky agradeceu a todos os “heróis” que estão na luta contra a ofensiva russa e principalmente àqueles que “ocupam cargos no Donbass”.
Recorde-se que o exército russo tem estado a atacar posições ucranianas, indiferente à presença de civis, sendo os combates mais intensos na região de Donetsk.
Recorde-se que, a 30 de setembro, a Rússia anexou Donetsk, Lugansk (Donbass), Kherson e Zaporíjia, após referendos não reconhecidos pela Ucrânia nem pela maioria da comunidade internacional.
As quatro regiões correspondem a 15% do território da Ucrânia e têm uma área “aproximadamente do tamanho de Portugal”, segundo a NATO.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.