Primeiro grupo de soldados ucranianos concluiu treino com forças dos EUA
Um primeiro grupo com mais de 600 soldados ucranianos concluiu o seu treino fornecido pelos Estados Unidos, que incluiu manobras em larga escala que podem ajudar a Ucrânia nas próximas operações contra a Rússia, divulgou esta sexta-feira o Pentágono.
“Esta semana, um primeiro batalhão ucraniano completou o treino de armas combinadas no M2 Bradley [infantaria blindada]”, numa base dos EUA na Alemanha, destacou o porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano, o general Pat Ryder, em comunicado.
Os Estados Unidos concordaram em fornecer mais de 100 veículos Bradley – infantaria blindada armada com canhões de 25 mm e um lançador de mísseis antitanque – à Ucrânia, que deve lançar uma contraofensiva dirigida às tropas russas nos próximos meses.
“Cerca de 635 ucranianos completaram as aproximadamente cinco semanas de treino, que incluíam tarefas básicas de soldado, como tiro ao alvo, mas também treino médico”, acrescentou Pat Ryder.
Um batalhão mecanizado e um batalhão de artilharia começou a treinar há duas semanas, e outros dois batalhões devem começar na próxima semana.
Os Estados Unidos, que já treinaram soldados ucranianos para o uso de várias armas entregues a Kiev, anunciaram a expansão do seu programa de treino no final do ano passado.
Esse tipo de formação estava a decorrer na Ucrânia antes de a Rússia invadir o país vizinho, em fevereiro de 2022.
A invasão russa causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra mais de 7 mil civis mortos e mais de 11 mil feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.