Kyiv inclui pessoas com distúrbios mentais leves no recrutamento militar
O Ministério da Defesa da Ucrânia alterou as normas do recrutamento militar para admitir o alistamento de pessoas diagnosticadas com transtornos mentais leves e outras doenças.
Apartir de agora serão consideradas aptas as pessoas “com manifestações leves e breves de transtornos mentais, transtornos neuróticos ou relacionados com stress”, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.
Também serão recrutadas “pessoas com doenças do sistema nervoso central que progridem lentamente, com deficiências funcionais menores, com perturbações episódicas e paroxísticas, exceto epilepsia, ou com deficiências menores das funções de órgãos e sistemas”.
A ordem indica igualmente que são elegíveis os recrutas “com tuberculose clinicamente curada e sequelas residuais, os portadores assintomáticos de HIV, a determinar individualmente, e outras pessoas com doenças lentamente progressivas”.
As pessoas com perturbações menores das funções do sistema endócrino ou perturbações menores do comportamento alimentar ou do metabolismo também poderão ser recrutadas, segundo as novas regras.
Um relatório dos serviços britânicos divulgado pelo Ministério da Defesa revelava hoje que a Rússia encorajou o recrutamento de cidadãos de países vizinhos para combater na Ucrânia, atribuindo estes esforços à tentativa de evitar os efeitos políticos de uma mobilização.
“A Rússia quer, provavelmente, evitar medidas de mobilização impopulares no período que antecede as eleições presidenciais de 2024”, disseram os peritos britânicos no relatório diário sobre o conflito, divulgado pelo Ministério da Defesa.
As autoridades russas colocaram anúncios na Internet na Arménia e no Cazaquistão, oferecendo 495 mil rublos (4.800 euros, ao câmbio atual) como entrada e um salário de 190 mil rublos (1.800 de euros), referiram.
No caso do Cazaquistão, houve esforços específicos de recrutamento na região de Kostanai, com apelos à população de etnia russa.