O futuro da demografia: a questão que ninguém quer resolver
Como prolongar a vida ativa? A reforma continua a fazer sentido? O apoio às famílias é um custo ou um investimento? Como reverter o “inverno demográfico”? O que fazer para evitar a fuga de talentos? Estado, empresas, organizações e academia “podem e devem” trabalhar juntos e, sobretudo, urge pensar o assunto. O Porto está envelhecido e a “fuga de cérebros” não pára. O problema, como explicou o presidente da Associação Comercial do Porto (ACP-CCIP), Nuno Botelho, exige mais do que “medidas de cosmética”. Foi para dar o seu contributo que a ACP-CCIP, organizou, com o apoio da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), a conferência “O Futuro da Demografia – Desafios de uma Sociedade em Mudança”.
“A promoção do envelhecimento saudável é essencial, não só para a dignidade humana, mas também para aliviar as pressões sobre a Segurança Social e para aproveitar a vasta experiência e conhecimento que as gerações mais velhas podem continuar a oferecer”, afirmou o diretor da FEP, Óscar Afonso, abrindo a discussão. Academia, empresas e setor público devem, defende, “atuar em conjunto promovendo programas de qualificação, de prevenção da saúde e de adaptação dos locais de trabalho às populações mais envelhecidas”.