Macron manifesta apoio a Salman Rushdie e diz estar “ao seu lado”
O Presidente de França, Emmanuel Macron, manifestou hoje o seu apoio ao escritor britânico Salman Rushdie que foi atacado quando estava a iniciar uma palestra em Chautauqua, Nova Iorque (EUA), dizendo estar “ao seu lado”.
“Durante 33 anos, Salman Rushdie encarnou a liberdade e a luta contra o obscurantismo. O ódio e a barbárie acabaram de atingi-lo, covardemente”, escreveu no Twitter o chefe de Estado francês.
“A luta dele é a nossa, universal. Hoje, mais do que nunca, estamos ao seu lado”, acrescentou.
Rushdie foi atacado quando estava a iniciar uma palestra em Chautauqua, Nova Iorque, “por volta das 11:00 [locais, 16:00 em Portugal Continental]”, indicou a polícia, acrescentado que o suspeito foi detido.
“Um suspeito subiu ao palco e atacou Rushdie e um apresentador. Rushdie sofreu uma aparente facada no pescoço, e foi transportado de helicóptero para um hospital local. O seu estado [de saúde] ainda não é conhecido”, lê-se numa mensagem publicada pela polícia de Nova Iorque logo após o ataque, no seu ‘site’.
Salman Rushdie é o autor de “Os Versículos Satânicos”, obra pela qual foi condenado à morte pelo Irão do líder religioso Ayatollah Khomeini, que emitiu uma ‘fatwa’ (decreto da lei islâmica) contra o escritor, distinguido com o prémio Booker.
O agressor do escritor britânico Salman Rushdie é um homem de 24 anos chamado Hadi Matar, que ainda está sob custódia, indicou hoje a polícia do estado norte-americano de Nova Iorque.
Numa conferência de imprensa pelas 17:00 locais (22:00 em Lisboa) para apresentar detalhes do ataque, a polícia afirmou não ter ainda informações sobre o motivo da agressão.
O porta-voz da polícia acrescentou que Hadi Matar deu a Rushdie pelo menos uma facada no pescoço e outra no abdómen, e que o escritor “ainda está na sala de cirurgia”, sem prestar, no entanto, qualquer informação sobre a condição de saúde do escritor.