Iniciativa Liberal disponível para diálogo sobre corrupção promete exigência com governação
Estas posições foram transmitidas aos jornalistas pelo presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, à saída do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, após a cerimónia tomada de posse do XXIV Governo Constitucional, chefiado por Luís Montenegro.
Interrogado se a IL está disponível para participar num diálogo sobre medidas de combate à corrupção proposto pelo novo primeiro-ministro, Luís Montenegro, no seu discurso de posse, Rui Rocha respondeu: “Isso claramente. Eu penso que é muito importante para o país participar nesse debate”.
“A IL tem medidas, eu creio que o ponto fundamental para esse combate à corrupção é diminuir a democracia, é simplificar processos”, prosseguiu, referindo que o seu partido propõe também “a escolha de reguladores e mesmo de altos cargos da Administração Pública por concurso internacional”. “Estaremos seguramente disponíveis para esse debate com o Governo”, reforçou Rui Rocha.
Interrogado sobre a duração do executivo minoritário formado por PSD e CDS-PP, o presidente da IL considerou que “as condições são complicadas”, devido à “fragmentação no parlamento”. “O fundamental, mais do que fazer previsões, é que todos assumam as suas responsabilidades: que o Governo, obviamente, cumpra as promessas que fez, e que as oposições saibam também respeitar os mandatos que receberam”, defendeu.
Por parte da IL, prometeu exigência com a governação: “Seremos obviamente muito exigentes junto do Governo no cumprimento das promessas que foram feitas”.
Rui Rocha considerou que com a nova composição da Assembleia da República a IL tem “seguramente mais oportunidades” para fazer avançar as suas propostas do que com a anterior maioria absoluta do PS. “Não, não há nenhum tipo de entendimento quanto a medidas com o PSD. Aquilo que nós manifestámos é a nossa abertura para o diálogo”, disse.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu hoje posse ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, e aos ministros do XXIV Governo Constitucional, numa cerimónia no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, 23 dias depois das eleições legislativas antecipadas de 10 de março. O XXIV Governo tem o apoio de 80 deputados — 78 do PSD e 2 do CDS-PP — em 230, num parlamento em que o PS tem 78 lugares, o Chega 50, a Iniciativa Liberal 8, o BE 5, PCP 4, Livre também 4 e PAN 1.