Luís Montenegro: investimento é a “palavra-chave” para um país “mais justo e tolerante”

“Portugal em movimento” é o título de um artigo de opinião de Luís Montenegro, em que o chefe do Governo destaca a “mudança de ciclo político” ocorrida em 2024 e lança a sua visão para 2025, um ano que, garante, será marcado pela “renovação de políticas, de objetivos, de energia e de compromisso”.

“Estamos determinados em provar que é possível termos menos impostos e melhores salários e pensões como elemento central de uma nova política económica e social, que traga mais justiça e progresso para todos”, explica Montenegro, argumentando que o Orçamento do Estado do próximo ano, “que não aumenta um único imposto”, é melhor exemplo de um bom caminho. “É esse Portugal em movimento que queremos levar em frente”.

Estabilidade e oportunidades

O primeiro-ministro admite que “não existem oásis num mundo de interdependências globais”, e destaca os efeitos potencialmente negativos da guerra na Ucrânia, das crises políticas e económicas de França e Alemanha, mas mostra-se, apesar disso, otimista, valorizando “a estabilidade e as oportunidades que Portugal tem para oferecer”.

A palavra-chave para a “esperança no futuro” é, segundo Montenegro, o “investimento”. A multiplicar por três, uma vez que destaca o investimento público, o investimento interno (privado e empresarial) e o investimento externo. É dessa forma, argumenta, que será possível “um país renovado, mais justo, mais livre, mais democrático, mais tolerante, mais competitivo, com mais riqueza”.

O chefe do Governo não desiste, por outro lado, de insistir na necessidade de promover uma “imigração regulada” ou de “salvaguardar a segurança como um dos maiores ativos do país”. Mas, naquele que é também o Dia Mundial da Paz, termina com uma atenção especial ao fenómeno da violência doméstica. “A paz começa dentro das quatro paredes de todas casas, que deve ser o sítio mais seguro do Mundo, onde a violência, sobretudo contra mulheres e crianças, tem de ser firmemente combatida para ser erradicada”.