Papa Francisco pede que autarcas evitem preguiça no combate climático
No texto datado de 28 de setembro, o sumo pontífice pediu aos autarcas que não “aumentassem a contaminação ambiental existente no ar poluído de descrença, da apatia e da preguiça, fruto de políticas mal aplicadas e retóricas estéreis incapazes de proporcionar ‘pistas de aterragem’ para o desejo e para vontade de envolver grande parte da cidadania”.
Francisco lembrou aos presidentes que “todas as ações necessárias para reduzir a poluição climática e promover um futuro sustentável também exigem lideranças que vivam a sua vocação política com rigor, convicção, honestidade e responsabilidade”.
Essas atitudes “vão ajudar a despertar a empatia necessária que impulsiona as transformações estruturais necessárias”, destacou.
O papa indicou que uma “cidade verde” exige “não ignorar os excluídos”, será medida na “sua capacidade de atenção e promoção dos mais fracos” e propôs estar atenta a “discursos para promover áreas protegidas e exclusivas” ou soluções que geram “mais exclusão ou rejeição”.
“Promovamos nas nossas comunidades uma cultura, na qual se sintam chamados a colaborar como instrumentos de Deus no cuidado de criação para que continue a ser um lar para todos”, concluiu.
A carta do chefe de Estado da Cidade Estado do Vaticano foi lida pelo secretário-geral de Relações Internacionais de Buenos Aires, Fernando Straface, no encerramento do encontro internacional, considerado o mais importante sobre as cidades a crise climática.