Pop abrasa Rock in Rio Lisboa e toda a gente tira os pés do chão

Depois de um primeiro dia do Rock in Rio Lisboa 2024 dedicado ao rock e às suas ramificações, este domingo foi a vez do encantamento pop com várias sensações em ascensão. O segundo dia do festival, que regressará no próximo fim de semana, também esgotou e o Parque Tejo voltou a receber 80 mil festivaleiros.

Os Scorpions – destacados cabeça de cartaz de sábado – prometeram voltar aos anos 1980 e não desiludiram. A banda alemã de hard rock ofereceu 90 minutos de pura nostalgia a milhares de rockeiros. Klaus Meine, com 76 anos, tornou a noite memorável para muitos com “Still loving you” ou “Wind of change”.

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Klaus Meine, 76 anos, e Matthias Jabs, 68 anos: os Scorpions tornaram a noite memorável para milhares de rockeiros.
Foto: Álvaro Isidoro / Global Imagems

Outros veteranos que encheram a Cidade do Rock foram os suecos Europe. Rodeados por milhares, nem parecia que a banda, com mais de 40 anos  de existência, estava a tocar num palco secundário. “Carrie” e “Superstitious” também levaram uma dose de saudade para aquele lado do recinto.

Foram vários os êxitos que revisitaram, cheios de vento e energia, antes da tão aguardada euforia do superêxito que estava guardado o final: “The final countdown”.

Tirar os pés do chão

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Foto: Leonardo Negrão / Global Imagens

À semelhança de sábado, domingo também foi uma voz portuguesa a abrir o Palco Mundo. E a entusiasmar.

Durante uma hora, Fernando Daniel fez o Parque Tejo “tirar os pés do chão” com músicas de início da sua carreira como “Tal como sou” e “Voltas”. A atuação contou com um convidado surpresa que também fez parte do cartaz jovem de ontem. Lukas Forchhammer, vocalista da banda dinamarquesa Lukas Graham entrou em cena, juntando-se ao artista pop português para cantar “Casa”.

A animação no palco principal seguiu com Jão, o “garoto” de 29 ano que tem ganho terreno no panorama do pop, êxito atrás de êxito. Durante uma hora, o ícone brasileiro pulou e fez pular um mar de gente com uma ‘setlist’ repleta de temas provocadores de amores e desamores, traições e vinganças, mas também sonhos e autodescoberta.

Do disco que o lançou, em 2019, não faltou “Meninos e meninas”, um hino sobre aceitação e como o amor é universal. E o artista reforçou a mensagem ao aceitar de um fã uma bandeira LGBTQ+. O “show” terminou com “Idiota”, single que lançou a sua carreira, em 2019.

A obrigação de fazer chorar

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Foto: Álvaro Isidoro / Global Imagens

A mesma mensagem de aceitação marcou o concerto de Calum Scott – o cantor inglês que passou dos palcos do programa de TV “British Got Talent” para o top de singles mais ouvidos no Reino Unido com “Dancing on my own”, da sueca Robyn. Música que guardou para fechar em grande a atuação.

Com “No matter what”, do álbum de lançamento “Only human” (2018), Scott desejou a todos os que o assistiam um feliz mês do orgulho LGBTQ+, em homenagem a todos os que alguma vez foram discriminados por amarem quem amam.

Conhecido pelas suas baladas emocionantes, Scott assumiu a fama. “É a minha obrigação fazer-vos chorar”. Mas a noite ainda mal estava a começar. O cabeça de cartaz Ed Sheeran seria o último a subir ao palco principal.

Quintero emociona-se

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Foto: Álvaro Isidoro / Global Imagens

Houve mais estreias no segundo de quatro dias do Rock In Rio Lisboa. Antes de Jão, num palco secundário, cantava-se em espanhol.  Iñigo Quintero encheu o Palco Tejo com temas do novo EP “Es solo música”.

O cantor e compositor espanhol de 22 anos trouxe temas especiais, sempre acompanhado pelo piano. E “Si o estas” não podia ficar de fora. “Mudou a minha vida e trouxe-me a palcos como este”, disse. O single lançou-o nas rádios nacionais, em 2022, e, desde então, internacionalmente no panorama pop. E o momento emocionou-o.

O festival regressa agora no próximo sábado, 22 de junho, e domingo, 23 de junho, com Ivete Sangalo, Jonas Brothers, James, Ornatos Violeta, Doja Cat, Luísa Sonza e Camila Cabello, entre muitos outros.