“Tem sido assustador”. Desenvolveu doença autoimune após férias em Bali
Tom Pegg, de 23 anos, começou com dores de estômago e acabou paralisado do pescoço para baixo.
Um homem de Cheshire, Inglaterra, ficou paralisado do pescoço para baixo depois de ter contraído uma doença autoimune rara ao regressar de umas férias de sonho em Bali, na Indonésia.
Ao que noticia o Independent, Tom Pegg, de 23 anos, ficou com dores de estômago – comum para os viajantes que regressam da ilha – quando voltou à sua casa no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em junho – onde vivia desde janeiro.
Nos cinco dias seguintes, os sintomas agravaram-se e o seu olho começou a inchar, seguido da garganta. Foi para o hospital, onde os médicos suspeitaram de uma reação alérgica e lhe deram um anti-histamínico.
No entanto, dois dias mais tarde, o seu melhor amigo procurou os serviços de urgência porque os dois olhos de Tom fecharam-se, estava com dificuldade em respirar e não conseguia falar.
Regressou ao Hospital Al Qaassimi, onde lhe foi diagnosticada Guillain-Barré, uma condição neurológica rara e grave, em que o sistema imunológico do corpo ataca o sistema nervoso periférico.
“Tem sido muito assustador, nunca tinha ouvido falar desta doença na minha vida. O meu irmão é um rapaz muito carismático, encantador e descontraído”, referiu a irmã Hollie Pegg, de 28 anos.
Segundo Hollie, Tom “passou de um homem em forma, saudável e divertido a um homem frágil – parece um rapazinho”. “É uma doença horrível que acontece tão rapidamente e do nada. Pôs a vida do meu irmão em suspenso”, acrescentou ainda.
Tom está agora a recuperar lentamente enquanto inicia o longo processo de aprender a andar e a falar novamente. Ninguém sabe quanto tempo demorará a sua recuperação – até agora, esteve no hospital durante cerca de nove semanas.
A irmã confirmou ainda que o jovem também reagiu positivamente à troca de plasma – um procedimento em que o sangue é filtrado para remover os anticorpos nocivos que atacam os nervos – e os seus membros estão a funcionar novamente. Recuperou também a visão depois de a ter perdido temporariamente.
A família Pegg contribuiu com quase 100 mil libras (mais de 110 mil euros) para que ele pudesse voltar para casa e receber cuidados médicos no Hospital Universitário de North Staffordshire, em Inglaterra.