Washington afasta deixar de emitir vistos a cidadãos russos
Os Estados Unidos excluem por agora deixar de emitir vistos a cidadãos russos, uma sanção exigida pela Ucrânia e alguns países europeus em resposta à invasão de Moscovo do território ucraniano.
“Anossa intenção é que as nossas sanções não prejudiquem ou tenham um impacto significativo sobre o povo russo”, disse hoje o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel, numa conferência de imprensa telefónica, quando questionado sobre uma possível proibição de vistos.
Patel salientou que o “desacordo” é com o Governo de Vladimir Putin e não com o povo russo.
O porta-voz adjunto também afirmou que os Estados Unidos “já tomaram medidas significativas para responder a Putin”, tais como restrições comerciais e sanções económicas.
Argumentou que estas sanções “sem precedentes” estão a ter um “impacto drástico na Rússia”, com consequências como a queda dos mercados bolsistas e o aumento da inflação.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, apelou na quarta-feira aos países da União Europeia (UE) e ao G7 das nações industrializadas, incluindo os Estados Unidos, para deixarem de emitir vistos aos cidadãos russos.
As observações de Kuleba vêm depois de os governos estónio e finlandês terem instado os Estados da UE a deixarem de emitir vistos turísticos que permitam aos cidadãos russos viajar para o espaço Schengen.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia discutirão a possibilidade de restringir ou proibir a emissão de vistos a turistas russos na sua reunião informal de 30 e 31 de agosto na República Checa, que detém a presidência do Conselho da UE para este semestre e que se pronunciou a favor desta medida.